A córnea, com sua notável densidade de terminações nervosas, é o tecido mais sensivelmente requintado do corpo humano, contendo 11.000 terminações nervosas por milímetro quadrado.
Esses nervos, uma extensão do ramo oftálmico do quinto nervo craniano, são fundamentais para os mecanismos de proteção ocular, incluindo a secreção lacrimal, o reflexo de piscar e a cicatrização de feridas na córnea. O epitélio corneano, densamente coberto por terminações nervosas da divisão oftálmica do nervo trigêmeo (V1), abrange uma extensa rede neural dentro de seu estroma, epitélio basal e plexo nervoso sub-basal. O ramo nasociliar de V1 percorre a órbita até a superfície corneana, e vários nervos ciliares se intersectam, perfuram a esclera e irradiam através do limbo corneoescleral para o estroma.
Quando o epitélio corneano é danificado, a cicatrização acontece através da ativação de células-tronco do limbo, que são estimuladas por fatores de crescimento, citocinas e sinais da matriz extracelular. Este mecanismo é essencial para restaurar tanto a função quanto a transparência da córnea, garantindo a saúde ocular e a visão adequada. Dentre os fatores de crescimento, os análogos da insulina (IGF) são fundamentais para o crescimento, diferenciação e proliferação das células epiteliais da córnea.
Os IGFs funcionam principalmente por meio dos receptores de insulina, presentes tanto em ceratócitos quanto em células epiteliais. A expressão de IGF-1 e seus receptores em ambos os tipos celulares é vital para o processo de reparo, pois facilita uma comunicação eficiente e uma resposta coordenada durante a cicatrização.
A insulina, um potente hormônio anabólico, possui uma estrutura bastante similar à do IGF. Devido a essa semelhança, a insulina pode se ligar aos receptores de IGF, ativando os mesmos caminhos de sinalização. Essa capacidade de ligação permite que a insulina tenha um papel terapêutico relevante na cicatrização da córnea. Quando a insulina se liga aos receptores de IGF, ela estimula a proliferação das células epiteliais e acelera o processo de cicatrização dos defeitos no epitélio corneano.
A insulina não apenas auxilia na manutenção e reparo da integridade corneana, mas também é uma valiosa ferramenta terapêutica para tratar lesões corneanas. Sua aplicação terapêutica pode ser especialmente benéfica em casos de cicatrização lenta ou prejudicada, oferecendo uma solução eficaz para acelerar a recuperação.
A ligação da insulina aos receptores de IGF promove a proliferação das células epiteliais, essencial para o rápido fechamento de feridas e restauração da integridade do epitélio corneano. Esse processo é crucial para manter a função visual e proteger contra infecções e outras complicações que podem surgir de uma barreira epitelial danificada. Portanto, através de sua interação com os receptores de IGF, a insulina desempenha um papel fundamental na promoção da saúde ocular e na recuperação eficiente das lesões corneanas.
Dr. Flavio Augusto Schiave Germano
CRM 192136 SP RQE 91873
Especialidade Córnea e Catarata
Instituição Centro de Excelência em Oftalmologia
RESUMO:
A córnea, com sua notável densidade de terminações nervosas, é o tecido mais sensivelmente requintado do corpo humano, contendo 11.000 terminações nervosas por milímetro quadrado.
Quando o epitélio corneano é danificado, a cicatrização acontece através da ativação de células-tronco do limbo, que são estimuladas por fatores de crescimento, citocinas e sinais da matriz extracelular.
Dentre os fatores de crescimento, os análogos da insulina (IGF) são fundamentais para o crescimento, diferenciação e proliferação das células epiteliais da córnea.
Os IGFs funcionam principalmente por meio dos receptores de insulina, presentes tanto em ceratócitos quanto em células epiteliais.
A insulina, um potente hormônio anabólico, possui uma estrutura bastante similar à do IGF. Devido a essa semelhança, a insulina pode se ligar aos receptores de IGF, ativando os mesmos caminhos de sinalização. Essa capacidade de ligação permite que a insulina tenha um papel terapêutico relevante na cicatrização da córnea. Quando a insulina se liga aos receptores de IGF, ela estimula a proliferação das células epiteliais e acelera o processo de cicatrização dos defeitos no epitélio corneano.
A insulina não apenas auxilia na manutenção e reparo da integridade corneana, mas também é uma valiosa ferramenta terapêutica para tratar lesões corneanas. . Sua aplicação terapêutica pode ser especialmente benéfica em casos de cicatrização lenta ou prejudicada, oferecendo uma solução eficaz para acelerar a recuperação.
A ligação da insulina aos receptores de IGF promove a proliferação das células epiteliais, essencial para o rápido fechamento de feridas e restauração da integridade do epitélio corneano. Esse processo é crucial para manter a função visual e proteger contra infecções e outras complicações que podem surgir de uma barreira epitelial danificada. Portanto, através de sua interação com os receptores de IGF, a insulina desempenha um papel fundamental na promoção da saúde ocular e na recuperação eficiente das lesões corneanas.